Proposta de redação 18/2019 - Controle parental


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Controle parental quanto ao uso da tecnologia: prevenção ou invasão de privacidade?”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 

TEXTO I
Controle parental: como a tecnologia melhora a proteção online
A máxima de que o universo online é um mundo sem filtro e, portanto, reproduz conteúdo sem filtro, é verdadeira. Somado a isso, temos uma geração de crianças que já nascem completamente inteiradas com o mundo digital, aproveitando de todos os seus benefícios mas também expostas a muitos riscos. Para aumentar a proteção e minimizar as ameaças, o controle parental ou controle dos pais é um bom aliado. Mas o que isso significa? Quer dizer que é possível utilizar a tecnologia a favor dos pais, para ajudar a preservar as crianças dos riscos da internet. Isso porque, o controle parental pode ser descrito como um conjunto de recursos de segurança disponível em diversos sistemas operacionais, sites e equipamentos, como roteadores e consoles de jogos, e também pode ser instalado por meio de aplicativos pagos ou gratuitos. Estas ferramentas de segurança são adequadas para bloquear o acesso a alguns conteúdos ou limitar a conexão de dispositivos escolhidos por um determinado período de tempo. E pelos números de uma pesquisa realizada com cerca de 1,8 mil pais no Brasil, o controle parental se mostra bastante necessário. Pelo estudo, uma em cada cinco crianças brasileiras já acessou na internet algum tipo de material indesejado pelos pais, sendo que duas em cada cinco acessaram conteúdo adulto e uma em cada cinco assistiu algo que promovia violência. Por outro lado, o levantamento apontou para o fato de que apenas um em cada cinco pais possui algum tipo de proteção para evitar o mal-uso da internet pelas crianças.

TEXTO II


TEXTO III
[…] No episódio “Arkangel”, da popular série Black Mirror, uma mãe superprotetora decide implantar um chip no cérebro de sua filha para controlar, através de um tablet e um aplicativo, tudo que a criança possar ver ou sentir. Este sistema, originalmente pensado como uma aplicação de controlo parental, permite à mãe não só ver o que a criança vê, mas também monitorizar as suas emoções e humores e até “filtrar” as imagens que podem prejudicá-la, fazendo com que a garota as veja pixeladas. […]
Não há necessidade de ir tão longe quanto implantar um chip, como sugere a série, para analisar até que ponto estamos controlando e quando invadimos a privacidade da criança. Hoje, já existem aplicativos disponíveis para a geolocalização, controle do conteúdo que pode ser visualizados na Internet e na televisão, aplicativos com acesso ao microfone para ouvir o som de onde estão ou até mesmo gravar tudo o que acontece na tela do dispositivo, através de capturas de vídeo.
Embora essas ferramentas pareçam ser a grande solução para os problemas que todo pai de um nativo digital pode ter, a verdade é que nem todos os aplicativos de controle parental funcionam da mesma forma, nem têm as mesmas características. Por isso, é muito importante analisá-los e escolher aquele que se ajusta aos valores de cada família. Por outro lado, muitos controles que no início parecem ser muito úteis para os pais, acabam sendo invasivos para as crianças, o que acaba causando uma reação contrária ao esperado. A criança, em vez de se sentir protegida e contente, sente-se invadida e procura fugir desses controles.


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