CJMJ - Exercícios extras 2 ano A e B (Romantismo)

Boa noite queridos!!!
Olha um exercício básico sobre o Romantismo!!!
O gabarito está logo abaixo!
Boa Sorte!

INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto a seguir e julgue os itens da questão 1.
“Portanto, ilustres e não ilustres representantes da crítica, não se constranjam. Censurem, piquem,
ou calem-se como lhes aprouver. Não alcançarão jamais que eu escreva neste meu Brasil
cousa que pareça vinda em conserva lá da outra banda, como a fruta que nos mandam em lata. (...)
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba, pode falar uma língua com igual
pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pêra, o damasco e a nêspera?”
ALENCAR, José de. Benção Paterna. In: Sonhos de Ouro. São Paulo: Melhoramentos, s.d.


1. UFMT
( ) Envolvidos pelo ideário político da independência, Alencar e outros escritores românticos
empenham-se na construção da nação brasileira, através da luta pela emancipação
da língua e da literatura nacionais.
( ) Na história da literatura brasileira, no percurso que vai do Romantismo ao Modernismo,
a bandeira da ruptura com o princípio da imitação aos clássicos é empunhada
por todas as escolas literárias.
( ) No segundo parágrafo, Alencar opõe, metonimicamente, por meio das frutas, o
ambiente brasileiro ao ambiente europeu.
( ) O texto dá a entender que a língua se adapta ao meio para onde foi levada, mais
precisamente aos órgãos fonadores e à alma do povo que fala.
Texto para as questões 2 e 3.
Não me Deixes!
Debruçada nas águas dum regato
A flor dizia em vão
A corrente, onde bela se mirava...
‘Ai, não me deixes, não!
‘Comigo fica ou leva-me contigo
‘Dos mares à amplidão,
Límpido ou turvo, te amarei constante
Mas não me deixes, não!
E a corrente passava; novas águas
Após as outras vão;
E a flor sempre a dizer curva na fonte:
‘Ai, não me deixes, não!’
E das águas que fogem incessantes
À eterna sucessão
Dizia sempre a flor, e sempre embalde:
‘Ai, não me deixes, não!
Por fim desfalecida e a cor murchada,
Quase a lamber o chão,
Buscava inda a corrente por dizer-lhe
Que a não deixasse, não.
A corrente impiedosa a flor enleia,
Leva-a do seu torrão;
A afundar-se dizia a pobrezinha:
‘Não me deixaste, não!’”
DIAS, Gonçalves. In: MOISÉS, Massaud. A Literatura Brasileira através de textos. 21. ed. rev. e aum. São Paulo: Cultrix,
1998. p. 135-6.


2. F. Católica de Salvador-BA O lamento da flor representa fielmente o sentimento romântico
de:
a) evasão no tempo;
b) amor incondicional ao outro;
c) supervalorização da natureza;
d) exaltação do sonho, da fantasia;
e) desejo de morte pelo amor não correspondido.
3. F. Católica de Salvador-BA Observa-se a inversão, como recurso estilístico, no verso:
a) “A flor dizia em vão”
b) “Mas não me deixes, não.”
c) “E a corrente passava”
d) “Dizia sempre a flor, e sempre embalde”
e) “Leva-a do seu torrão”
Para responder as questões 4 e 5, leia atentamente os textos abaixo:
Lira XXII
Nesta triste masmorra,
de um semi-vivo corpo sepultura,
inda, Marília, adoro
a tua formosura.
Amor na minha idéia te retrata;
busca, extremoso, que eu assim resista
À dor imensa, que me cerca e mata.”
Tomás Antônio Gonzaga.
Perdoa-me, visão de meus amores
Perdoa-me, visão dos meus amores,
Se a ti ergui meus olhos suspirando!...
Se eu pensava num beijo desmaiando
Gozar contigo uma estação de flores!
De minhas faces os mortais palores,
Minha febre noturna delirando,
Meus ais, meus tristes ais vão revelando
Que peno e morro de amorosas dores...”
Álvares de Azevedo.


4. U.F. Juiz de Fora-MG Depois de ler comparativamente os dois textos acima, assinale a
alternativa inaceitável:
a) Em ambos os poemas o eu sucumbe e morre em conseqüência do sofrimento amoroso.
b) No poema de Gonzaga, a idéia funciona como uma tentativa racional de vencer a dor.
c) No poema de Álvares de Azevedo, a razão nada pode contra o sentimentalismo exacerbado.
d) Em ambos os poemas, o eu refere-se ao passado a partir da dor do presente.


5. U.F. Juiz de Fora-MG Em que verso se encontra referência direta ao contexto histórico
biográfico?
a) “Que peno e morro de amorosas dores”.
b) “À dor imensa que me cerca e mata”.
c) “Nesta triste masmorra”.
d) “Se a ti ergui meus olhos suspirando”.


6. U.E. Ponta Grossa-PR A poesia romântica brasileira, em seus diversos momentos, apresenta
como características:
01. escapismo e subjetivismo;
02. naturalismo e pitoresco;
04. nacionalismo e religiosidade;
08. socialismo e ilogismo;
16. imaginação criadora e amor à natureza.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.


Instrução: Para responder às questões 7 e 8, ler o texto que segue.
As Três Irmãs do Poeta
É noite! As sombras correm nebulosas.
Vão três pálidas virgens silenciosas
Através da procela irriquieta.
Vão três pálidas virgens... vão sombrias
Rindo colar um beijo as bocas frias...
Na fronte cismadora do – Poeta –
‘Saúde, irmão! Eu sou a Indiferença.
Sou eu quem te sepulta a idéia imensa,
Quem no teu nome a escuridão projeta...
Fui eu que te vesti do meu sudário...,
Que vais fazer tão triste e solitário?...’
– ‘Eu lutarei’ – responde-lhe o Poeta.
‘Saúde, meu irmão! Eu sou a Fome.
Sou eu quem o teu negro pão consome...
O teu mísero pão, mísero atleta!
Hoje, amanhã, depois... depois (qu’importa?)
Virei sempre sentar-me à tua porta...
– ‘Eu sofrerei’ – responde-lhe o Poeta.
‘Saúde, meu irmão! Eu sou a Morte.
Suspende em meio o hino augusto e forte.
Volve ao nada! Não sentes neste enleio
Teu cântico gelar-se no meu seio?!’
– ‘Eu cantarei no céu’ – diz-lhe o Poeta!”
Instrução: Para responder à questão 7, analisar as afirmativas que seguem, sobre o texto.
I. Mostra a estreita convivência do poeta com a indiferença, com a fome e com a
morte.
II. Expressa a força do poeta através de sua capacidade de superar mesmo a morte.
III. Idealiza a função do poeta, uma vez que esta ultrapassa a condição humana.
IV. Pertence ao movimento literário denominado Romantismo.


7. PUC-RS Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa:
a) I e II.
b) II e III.
c) II e IV.
d) III e IV.
e) I, II, III e IV.


8. PUC-RS O texto pode ser vinculado a uma tendência de expressão poética denominada:
a) subjetivismo.
b) ufanismo.
c) nacionalismo.
d) futurismo.

Texto para a questão 9.
Leito de folhas verdes
Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.
Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bagari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
A flor que desabrocha ao romper dalva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arasóia na cinta me apertaram.
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!”
Gonçalves Dias.


9. CEETPS-SP Assinale a alternativa correta com relação ao texto.
a) Principalmente pela manifestação de elementos simbólicos, tais como “luar”, “vales”,
“bosque” e “perfumes”, pode-se dizer que o poema muito se aproxima da estética
simbolista.
b) O poema romântico indianista recupera as antigas cantigas de amigo medievais, para
expressar o amor por meio da espera.
c) O poema de Gonçalves Dias demonstra profunda influência renascentista, recebida
principalmente de Camões.
d) Apesar da intensa presença da natureza, o poema em questão já se aproxima do parnasianismo,
pela presença dos elementos mitológicos.
e) Mesmo sendo romântico, notam-se ainda no poema, os aspectos marcantes do Arcadismo,
principalmente no que diz respeito ao bucolismo.


10. UEGO Assinale V, para os itens verdadeiros, e F, para os falsos.
O romance Lucíola, de José de Alencar permite entrever várias características do Romantismo:
( ) Observa-se uma preocupação em não ferir o tradicionalismo e as convenções familiares
da época, realçando seus preceitos e preconceitos.
( ) O amor é visto unicamente sob o aspecto da sexualidade e apresentado como uma
mera satisfação de instintos animais.
( ) Uma das formas com que Alencar conciliou a impossibilidade de união entre os
dois grupos distintos, o marginal e o burguês, foi trabalhar a dualidade, colocando
na mesma mulher as imagens de virgem, de Maria da Glória e da cortesã, Lúcia.
( ) O romance Lucíola ambienta-se na época do autor e retrata os costumes da sociedade
carioca do Segundo Reinado.
( ) Observa-se neste romance a atitude romântica de eleger a prostituta como centro da

narrativa, procurando justificar suas dores e compreendendo o tipo de vida que levava.


GABARITO

1. V – F – V – V
2. d
3. e
4. a
5. c
6. 21
7. e
8. a
9. e
10. V – F – V – V – V

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