Boa noite queridos!!!
Eis o gabarito dos exercícios de revisão! Quaisquer dúvidas estou a disposição!
Bjão!!!
Gabarito dos exercícios
1. a) O Texto I apresenta o perfil de uma personagem idealizada e perfeita, de porte altivo e nobre; o Texto II, um tipo franzino, feio e imperfeito.
b) O perfil delineado no Texto l é romântico; no Texto II, naturalista.
2.
I) R
II) R-N
III) R-N
IV) R-N
V) R
VI) R-N
VII) R
VIII) R-N
IX) R-N
X) R
3. a) O texto é naturalista.
b) A sexualidade, em todas as suas formas, é uma temática cara ao Naturalismo, que procura acentuar os instintos animais do ser humano.
4.
a) É o Positivismo, de Augusto Comte. b) O Determinismo, de Hippolyte Taine, afirma que o comportamento humano é condicionado por três fatores: a herança genética, o contexto histórico e o meio ambiente, tal teoria foi empregada por vários autores, sobretudo os naturalistas, na construção de personagens e situações.
5. a) A transformação operada em Jerônimo pode ser justificada a partir do Determinismo. Influenciado pelo meio, o português vê pouco a pouco seus hábitos de aldeão português cederem lugar à brasilidade.
b) Hippolyte Taine.
6. a) Trata-se do romance realista-naturalista.
b) Tais características aplicam-se, por exemplo, ao romance O cortiço, de Aluísio Azevedo.
7. B
8. a) Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis e O mulato, de Aluísio Azevedo.
b) Rompem com o movimento romântico.
9. E
10. D
11. D
12. E
13. B
14. D
15. C
16. C
17. E
18. D
19. D
20. Trata-se do Realismo propriamente dito. Seus criadores procuraram retratar a realidade com a máxima fidelidade e objetividade, assim como um espelho plano o faz.
21. Pela visão objetiva da realidade, retratada com detalhes, e pela caricatura que o autor faz do personagem glutão.
22. Trata-se do romance O crime do padre Amaro, conforme se pode perceber pelos personagens que intervêm na cena: Amaro, São-Joaneira, Cónego Dias.
23. O mandarim, A ilustre casa de Ramires, A relíquia.
24. A
25. A
26. a) Passividade indolente e gosto pela literatura romântica.
b) O mundo de sonhos dos românticos, cheio de aventuras, incentiva Luísa a cometer adultério e sua indolência afronta Juliana, que a chantageia.
27. a) Eça de Queirós foi o principal prosador português do século XIX e um dos mais importantes da Língua Portuguesa.
b) Em três fases: a primeira, de influência romântica, reúne seus escritos iniciais, que foram publicados posteriormente num volume chamado Prosas bárbaras; a segunda, mais radical, de franca influência realista/naturalista, inclui, entre outros, os romances O crime do padre Amaro e O primo Basílio-, a última, de realista maduro, pode ser identificada em romances como A cidade e as serras e A ilustre casa de Ramires.
28. a) Amaro, naquela ocasião, sentia-se atraído por Amélia, filha de São-Joaneira, mas não dava vazão a seus impulsos, em função do voto de castidade que fizera ao se ordenar. 0 fato de ter flagrado o Cónego Dias na cama com a mãe da amada fá-lo sentir-se livre para dar curso à sua atração pela moça.
b) O episódio ilustra as teses naturalistas, que afirmam a superioridade do instinto e da sexualidade sobre a razão.
29. a) É Amélia, filha de São-Joaneira, dona
da casa em que o padre Amaro vivia.
b) Amélia tornar-se-á, efetivamente, amante do padre Amaro.
30. a) Amaro quebra o voto de castidade e engravida Amélia que acaba morrendo em decorrência de complicações de parto; o recém-nascido é entregue a Dona Carlota, a "fazedora de anjos", que dava fim às crianças que ficavam sob seus cuidados.
b) A crítica feroz ao provincianismo e à hipocrisia da sociedade lusitana
31. A primeira característica notável no texto em questão está na análise psicológica. 0 autor espelha a angústia que perpassa no espírito de Jorge, e faz isso procurando detalhar, esmiuçar o conflito do marido em relação ao adultério da esposa. Outra característica realista está exatamente na descrição minuciosa e atenta de detalhes objetivos e subjetivos como, por exemplo: "e como ela dormitava, ficava imóvel a olhá-la feição por feição, com uma curiosidade dolorosa e imoral,". Um outro aspecto, ainda, consiste na abordagem naturalista que se revela na animalizaçao da personagem dominada por sentimentos tão contraditórios que vão do amor ao ódio: "como um animal numa jaula." Eça de Queirós procura realçar o comportamento deformado e hipócrita da sociedade lisboeta, que se apresenta como guardiã da moralidade, mas, na verdade, é presa fácil de impulsos que a reduzem à imoralidade. É o que o narrador flagra na passagem em que Jorge olha para Luísa "com uma curiosidade dolorosa e imoral".
32. Nesse fragmento de Eça de Queirós, a serra e os elementos da paisagem que a integram são descritos como seres animados, dotados de ação (as rochas avançavam, os regatos fugiam), de intencionalidade ("fonte à espera dos homens e dos gados") e de outras características próprias do ser humano (as rochas vestidas; a nudez do ventre das rochas). Dessa forma, a paisagem, que representa a natureza, não se apresenta como um objeto alheio ao homem, mas 'como um convivente, com o qual interage de maneira harmoniosa e cheia de prazer. A natureza, personificada por meio do recurso da pro-sopopéia, é concebida como um integrante do universo humano, numa relação empática. Exemplo: "Espertos regatinhos fugiam, rindo com os seixos, de entre as patas da égua e do burro."
33. a) O nome de tal personagem é Juliana (Couceiro Tavira). Sua profissão é a de empregada doméstica. A ela competiam todos os serviços caseiros, menos os de cozinha. Lavava, passava, engomava e cuidava da limpeza. Era a "criada de dentro", pois servia à mesa e tomava contato com os patrões e as visitas.
b) Machado de Assis, em crítica na revista O Cruzeiro, em 1878, considera as personagens de O primo Basílio criaturas sem força moral, isto é, sem densidade psicológica. Julga-as expressão da vontade do autor, que lhes atribui ações para cumprir os lances de uma intriga previamente estabelecida. Não surpreendem, porque o leitor, percebendo as linhas gerais do enredo, logo adivinha o que quer que venham a fazer. Uma personagem, no entanto, não se comporta dessa maneira. Trata-se de Juliana, que Machado considera "o caráter mais completo e verdadeiro do livro". Quando o enunciado da questão fala em "estatura moral", traduz uma ideia de Machado segundo a qual Juliana é a única personagem do romance que possui densidade psicológica. Machado considera que tal personagem recebeu uma alma, um conjunto de fatores caracterológicos dos quais decorrem suas ações. Ela não é uma personagem acabada, da qual sabemos tudo ou quase tudo desde as primeiras páginas. Ela convence e surpreende, porque evolui com o andamento da intriga. Não foi desenhada previamente pelo autor. A expressão "estatura moral", do enunciado, pode fazer pensar em bom comportamento ético, segundo os padrões da sociedade burguesa. Nesse sentido, poder-se-ia pensar na personagem Sebastião, que age com lealdade, respeitando os princípios éticos de sua classe. Mas ele também é uma personagem cujas ações estão sempre voltadas para a satisfação da intriga do romance. Não possui "estatura moral" enquanto criatura romanesca.
34. Estão corretos os itens II, III, IV e V.
35. a) O conservadorismo e a futilidade.
b) Relação assistencialista.
36. a) O romance Oprimo Basílio (1878), de Eça de Queirós (1845-1900), cujo subtítulo é "Episódios da vida doméstica", estrutura-se em torno da vivência do casal Jorge e Luísa, típica família pequeno-burguesa de Lisboa. Juliana é a criada que, sentindo-se explorada pelos patrões, cultiva um sentimento de rancor e revolta. Vivia sempre atenta aos movimentos da casa, na esperança de pilhar algum deslize moral dos patrões, de que pudesse tirar vantagem.
b) Jorge considera inadequado o comportamento das mulheres porque observa a nítida inversão dos papéis domésticos: a empregada Juliana está "comodamente deitada na chaise-lon-gue, lendo tranquilamente o jornal", enquanto a esposa Luísa está "no quarto dos engomados, despenteada, em roupão de manhã, passando roupa, muito aplicada e muito desconsolada".
c) À medida que Luísa se aprofunda na relação adúltera com Basílio, Juliana, que havia descoberto essa relação, procura tirar proveito dela. De posse de uma carta de Luísa ao amante, passa a chantageá-la. Acuada, Luísa submete-se à inversão dos papéis, a ponto de permitir o gesto atrevido da criada.
37. D
38. Está latente a vontade de Juliana de chantagear a patroa com as cartas de amor de que se apoderou.
39. A
40. D
Os chamados romances de tese, característicos do Realismo-Naturalismo, utilizam a trama e as personagens como símbolos ou expressões de uma ideia de caráter determinista. As personagens, nesse caso, têm de amoldar-se aos elementos gerais postulados pelo autor, e isso as torna psicologicamente pouco complexas. Uma das motivações centrais desses romances é a submissão às imposições do meio ambiente. Nesse caso, a pobreza da trama passa a ser comprovada pela estilização da linguagem, e esta pela exuberância descritiva.
41. B
A descrição impressionista não apresenta as coisas pelo registro objetivo de suas características, mas através da subjetividade do observador, que as transfigura segundo suas impressões psíquicas, despertadas por sua percepção sensorial. Assim, o cheiro é mole e salobro, a escada sobe apertada pelas paredes e a janela parece coar a luz.
42. C. Trata-se de Jacinto de Thormes.
43. a) O tema do amor, no Romantismo, é geralmente marcado pelo sentimentalismo e pela idealização. Tais características podem ser identificadas de modo claro no fragmento de Amor de perdição. Simão Botelho, arrebatado pela emoção, não a esconde ("E Simão Botelho (...) chorava (...)"; "(...) a paixão que absorvia todas as outras (...)"). Mas seu sentimento não manifesta desejo físico ("Nunca os meus pensamentos foram denegridos por um desejo que eu não possa confessar diante de todo o mundo."): apresenta-se de forma espiritualizada, pura e sublime ("Vi a virtude à luz do teu amor. Cuidei que era santa a paixão que absorvia todas as outras, ou as depurava com o seu fogo sagrado."), capaz de levar um homem orgulhoso, como é o caso do protagonista, a se humilhar e a renunciar à própria vida para propiciar a felicidade da amada ("Se teu pai quisesse que eu me arrastasse a seus pés para te merecer, beijar-lhos-ia. Se tu me mandasses morrer para te não privar de ser feliz com outro homem, morreria, Teresa.").
b) No fragmento de Os Malas, o amor romântico da condessa de Gouvarinho provoca a aversão de Carlos, que se sente "enervado" pelos excessos sentimentais da mulher. Para o herói realista, "o primeiro beijo trocado" não passa de "um momento", um simples episódio físico sem maiores consequências; na perspectiva romântica da condessa, o beijo não seria a mera união dos lábios, mas o sinal da união de "seus destinos também e para sempre". Carlos considera o "sonho eterno de amor lírico" inaceitável, absurdo e extravagante. Ao repudiar o sentimentalismo e a idealização, ele contraria a abordagem romântica do amor e afirma, assim, a visão realista.
44. C
"O noivado do sepulcro" e sua história de amor entre esqueletos representam a vertente ultra-romântica de Portugal, que se pauta pelos exageros sentimentalistas. Muito popular, o poema tornou-se símbolo do idealismo amoroso próprio da época. Eça de Queirós, ao citar o texto de Soares de Passos, tem uma intenção claramente irónica, pois procura associá-lo a um tipo de manifestação artística já fora de moda. Insatisfeito com a não nomeação para.cônsul no Brasil, ele afirma que não foi escolhido para o cargo por não ser um escritor romântico, isto é, por não admirar a literatura que Passos representava. Com efeito, em 1871, Eça tinha participado das famosas Conferências Democráticas do Cassino Lisbonense, ciclo de palestras que pregou uma verdadeira revolução na cultura portuguesa. Além do Realismo literário, defendeu-se a modernização do país em sentido amplo. Esse impulso de modernidade das Conferências incomodava as parcelas mais conservadoras da sociedade, que ainda se identificavam com o Romantismo. Por isso, Eça de Queirós ironiza "O noivado do sepulcro", por acreditar que o poema simboliza uma forma literária ultrapassada e que precisaria ser superada.
45. Trata-se de Aluísio Azevedo, autor de O mulato. Casa de pensão e O cortiço, entre outras obras.
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