Projeto Intensivão: Redação 01 - Agronegócio

Queridos, boa tarde! Conforme o combinado, segue a 1ª redação para o nosso intensivo!
Não se esqueçam de pegar a folha no Xerox.... esta redação deve ser entregue até o dia 09/08.
Bjão!!!

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: 
O agronegócio como ameaça ao meio ambiente brasileiro. 

Sua redação deve apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Atente-se para o número mínimo de 7 linhas e máximo de 30 para desenvolver suas ideias.

TEXTO I
Agropecuária é principal ameaça para espécies em extinção
Dados do Ministério do Meio Ambiente apontam que em todos os biomas terrestres  atividade é vetor para risco de extinção
MANAUS – A nova relação de espécies ameaçadas de extinção (clique aqui para ver a lista completa), divulgada na semana pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), aponta que a agropecuária é a principal ameaça para fauna em risco no Brasil.
Os dados apresentados pelo MMA ilustram um ciclo já conhecido por ambientalistas, em que florestas são substituídas primeiro por pastos, para, depois, darem lugar a plantações de monocultivo em latifúndios com uso intensivo de agrotóxicos e alto impacto ambiental. O avanço das fronteiras agrícolas acontece em todos os biomas terrestres com amplo financiamento de bancos públicos e privados, que, por vezes, desconsideram a variável ambiental ao conceder empréstimos e facilidades de financiamento.
O avanço da a pecuária na Amazônia, por exemplo, tem sido apoiado com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), que é gerenciado pelo Banco da Amazônia.  Trata-se de fundo criado para promover o crescimento equilibrado da região, com o objetivo. Em todos os biomas terrestres, o avanço e intensificação da produção agropecuária são apontados como principal vetor para o risco de extinção, conforme é possível observar no gráfico divulgado pelo MMA e reproduzido abaixo:

risco de extinção
Imagem: Reprodução/MMA

O infográfico também traz informações significativas sobre outras ameaças graves ao meio ambiente. No bioma Marinho, na Amazônia e no Pantanal, a captura é fator de grave risco para a fauna. No Cerrado e no Pampa, ela fica praticamente junto com as queimadas, comuns na limpeza de terreno para abertura de pastos. Na Mata Atlântica e em Ilhas, a expansão urbana assume papel de destaque. Na Caatinga, o destaque é para a mineração.
Além da divisão de vetores de risco por biomas, a divulgação do MMA também apresenta o número de espécies ameaçadas, conforme é possível observar no infográfico abaixo (clique aqui para ver todas as espécies). A quantidade aumentou significativamente de 2003 para 2014, mas isso se justifica também pelo fato de mais espécies terem sido analisadas nesta edição.
TEXTO II
pelo ralo
TEXTO III
Planos para o Cerrado comprometem metas de clima e biodiversidade
O Governo Federal precisa esclarecer como o Brasil cumprirá suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e de conservação da biodiversidade assumidas perante as Nações Unidas frente à expansão do agronegócio no Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia.
No chamado Mapitoba, soma das iniciais dos quatro estados, o avanço das lavouras de soja, milho e algodão fez o desmatamento do Cerrado crescer 62% desde 2007. E entre junho de 2014 e junho de 2015, a savana brasileira perdeu 3,5 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa o equivalente a três cidades como o Rio de Janeiro -, como mostrou Época em dezembro passado.
O alvo dos planos estatais naqueles quatro estados é uma área quase do tamanho do Chile e, se 10% dela forem desmatados,  as emissões de gases que ampliam o aquecimento planetário crescerão em mais de um bilhão de toneladas de carbono. Isso neutralizaria um terço das emissões evitadas pela redução do desmatamento na Amazônia desde 2004, como lembram pesquisadores como Daniel Nepstad, do Earth Innovation Institute.
As emissões por desmatamento e queima de Cerrado já empatam ou até ultrapassam as oriundas da destruição da Amazônia. Afinal, além da vegetação acima do solo, a grande e profunda massa de raízes que dá sobrevida à vegetação cerratense e garante um suprimento de água durante os meses de seca também abriga enormes estoques de carbono. As perdas de Cerrado por uso do fogo crescem de forma alarmante a cada ano, fazendo do Brasil um dos campeões mundiais em queimadas.
Não se pode esquecer, ainda, das emissões provocadas pela flatulência de um rebanho superior a 100 milhões de cabeças de gado bovino e pelas cadeias interna e internacional de transportes e produção de insumos ligadas a agropecuária. A expansão do agronegócio ao norte do Cerrado também aumentará a degradação de águas e solos pelo uso intensivo de fertilizantes e agrotóxicos.
Tornando ainda mais cinzento o futuro de nossa savana, é justamente na nova frente de avanço do agronegócio que estão os últimos grandes remanescentes íntegros do Cerrado. Unidades de conservação cobrem 11% da região, ou 8,4 milhões de hectares, mas a maioria delas é de Uso Sustentável, onde a manutenção da biodiversidade costuma ser menos efetiva do que em reservas biológicas e parques nacionais, por exemplo.

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