Boa tarde!
Segue o 2º tema de redação de 2018.
Por favor leiam os textos com atenção e entreguem (em folha própria) até o dia 09/03.
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema O combate a endemias e epidemias no Brasil do Século XXI, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto 1
Surto, epidemia, pandemia e
endemia: entenda qual é a diferença entre eles
Você sabe por
que a dengue é uma epidemia e não um surto?
A
resposta está na ocorrência de casos nas cinco regiões do Brasil. Uma doença é
considerada uma epidemia quando há número de casos acima do esperado em
diversas localidades. Se a dengue tivesse atingido, mesmo em grande número,
apenas regiões isoladas, seria considerada um surto.
Surto:
acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma
região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser
maior do que o esperado pelas autoridades. Em algumas cidades (como Itajaí-SC),
a dengue é tratada como surto (e não como epidemia), pois acontece em regiões
específicas (um bairro, por exemplo).
Epidemia:
a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões. Uma
epidemia a nível municipal acontece quando diversos bairros apresentam uma
doença, a epidemia a nível estadual acontece quando diversas cidades têm casos
e a epidemia nacional acontece quando há casos em diversas regiões do país.
Exemplo: no dia 24 de fevereiro, vinte cidades haviam decretado epidemia de
dengue.
Pandemia:
em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos cenários. Ela acontece
quando uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta. Em 2009, a
gripe A (ou gripe suína) passou de epidemia para pandemia quando a OMS começou
a registrar casos nos seis continentes do mundo. A aids, apesar de estar
diminuindo no mundo, também é considerada uma pandemia.
Endemia:
a endemia não está relacionada a uma questão quantitativa. Uma doença é
classificada como endêmica (típica) de uma região quando acontece com muita
frequência no local. As doenças endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela,
por exemplo, é considerada uma doença endêmica da região Norte do Brasil.
Texto 2
Texto 3
Roupa anti-mosquito contra o
zika
Marca para gestantes lança linha
de roupas com citronela e aumenta as vendas em 30%
Não é só o
Estado que anda mobilizado para combater a epidemia de zika vírus no Brasil –
que vive sua maior crise de saúde pública desde os anos 80, quando teve de
enfrentar a emergência mundial da Aids. Amparada pela ciência, a iniciativa
privada busca soluções para proteger a população do Aedes Aegypti e, de quebra,
ainda gera negócios em um momento de recessão econômica. É o caso da marca
paranaense para gestantes Megadose, que lançou na última quinta-feira, 10 de
março, uma linha de roupas com repelente, a MGDO Cares.
Como
um bebedouro no deserto, a iniciativa tem atraído grávidas apavoradas com o
risco de se infectar com o vírus, transmitido pelo catastrófico mosquito – ao
qual se atribui em grande parte o aumento global dos casos de microcefalia em
recém-nascidos. E nasceu de uma ideia simples: por que não aproveitar a roupa
para se proteger das picadas, acrescentando a ela citronela – eficaz na
repelência dos mosquitos e abundante no país? Só faltava descobrir a tecnologia
que garantisse a adesão e a permanência da substância nas peças, apesar do uso
e das lavagens.
Qual
não foi a alegria de João Ricardo Esteves, diretor da Megadose, com sede em
Cianorte, ao saber que ela já existia. “Estávamos instigados com o medo das
gestantes por causa do zika. Fizemos uma força-tarefa e descobrimos uma empresa
que criou um processo em que a cápsula [de citronela] é inserida na fibra do
tecido. Fomos atrás também de fornecedores de citronela e dos tecidos adequados
e criamos a coleção em tempo recorde”, conta o executivo, que assinou contratos
temporários de exclusividade com os novos parceiros e viu suas vendas crescerem
de 20 a 30% na rede de 1.000 multimarcas em que está presente em apenas 20
dias. (…)
Texto 4
Cidades sustentáveis e
saudáveis: microcefalia, perigos do controle químico e o desafio do saneamento
universal
(…)
O crescimento exponencial da epidemia de dengue (em 2015, o Ministério da Saúde
registrou 1,649,008 casos prováveis desta virose no país e houve um aumento de
82,5% dos óbitos em relação ao ano anterior). A expansão territorial da
infestação pelo Aedes aegypti atestam o fracasso da estratégia nacional de
controle. Com o surgimento da epidemia do zika vírus, com repercussões ainda
mais danosas ao ser humano, urge a revisão de nossa política e do programa de
controle da infestação dos Aedes visando impedir a ocorrência de epidemias por
arbovírus.
Vários
fatores estão envolvidos na causa dessa tragédia sanitária. Trata-se de um
fenômeno complexo. Para a Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), a
degradação das condições de vida nas cidades, saneamento básico inadequado,
particularmente no que se refere à dificuldade de acesso contínuo a água,
coleta de lixo precária, esgotamento sanitário, descuido com higiene de espaços
públicos e particulares – são os principais responsáveis por esse desastre.
Observa-se
que a distribuição espacial por local de moradia das mães dos recém-nascidos
com microcefalia (ou suspeitos) é maior nas áreas mais pobres, com urbanização
precária e saneamento ambiental inadequado. Nestas áreas, o provimento de
água de forma irregular ou intermitente leva essas populações ao armazenamento
domiciliar de água de modo inadequado, condição muito favorável para a
reprodução do Aedes aegypti. (…) (www.abrasco.org.br)
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