01 – Observe o texto abaixo com atenção e responda ao que se pede:
A tirinha apresentada promove uma
metaforização de elementos considerados positivos da essência
humana. O termo que semanticamente faz alusão a esses
termos intrínsecos à natureza humana é
A ( ) coisas bonitas.
B ( ) daqui de dentro.
C ( ) lá fora.
D ( ) lado de fora.
E ( ) aqui dentro.
Justifique sua resposta:
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
02 - Leia o poema.
A onda
a onda
anda
aonde anda
a onda?
a onda
ainda
ainda onda
ainda
anda
aonde?
aonde?
a onda a onda.
aonde?
a onda a onda.
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983.
Considere as afirmações:
I. O termo “anda” está
empregado em todo o poema, exclusivamente, no sentido denotativo.
II. A semelhança entre as
palavras onda e anda, aonde e ainda caracteriza a paronomásia (sonoridade
semelhante).
III. Nos versos 4 e 5, não
se pode dizer que ocorre um exemplo de quiasmo (espécie de antítese).
IV. Os usos de figuras de
linguagem fonética, assim como outros recursos poéticos, sugerem o
movimento de vaivém característico das ondas.
V. Há personificação em “a
onda anda”.
Estão corretas
A ( ) I, II e V, apenas.
B ( ) II, III e IV, apenas.
C ( ) II, IV e V, apenas.
D ( ) II e V, apenas.
E ( ) III e IV, apenas.
03 – Observe o texto abaixo com atenção e responda ao que se pede:
Soneto de separação
De repente do riso fez-se o
pranto
Silencioso e branco como a
bruma
E das bocas unidas fez-se a
espuma
E das mãos espalmadas
fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a
última chama
E da paixão fez-se o
pressentimento
E do momento imóvel fez-se
o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se
fez amante
E de sozinho o que se fez
contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura
errante
De repente, não mais que de
repente.
MORAES, Vinicius de. Soneto de separação.
In: FERRAZ, Eucanã (Org.). Poesia
completa e prosa: volume único. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004.
O “Soneto de separação”
cria suas metáforas a partir da antítese entre o momento em que os amantes
estão juntos e o momento da partida para a viagem, o que se pode perceber no
verso
A ( ) “Silencioso e branco como a bruma”.
B ( ) “E das bocas unidas fez-se a espuma”.
C ( ) “De repente do riso fez-se o pranto”.
D ( ) “E da paixão fez-se o pressentimento”.
E ( ) “Que dos olhos desfez a última chama”.
Justifique sua resposta:
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04 - Leia o poema a seguir que explora com muita intensidade a
sonoridade das palavras.
Forca
na força
a palavra na boca
na boca a palavra: força
a força da palavra força
a palavra rolha fofa
a rolha fofa sem força
a palavra em folha solta
a força da palavra forca
a palavra de boca em boca
na boca a palavra forca
a palavra e sua força
Sobre o poema apresentado,
assinale a alternativa correta.
A ( ) As palavras “forca” e “força” apresentam
dois fonemas distintivos, sendo um vocálico e o outro consonantal.
B ( ) A palavra “rolha” apresenta o mesmo número
de letras e fonemas da palavra “folha”.
C ( ) As palavras “fofa” e “força” apresentam
semelhança sonora por causa dos fonemas vocálicos e dos dígrafos.
D ( ) A palavra “sua” apresenta, respectivamente,
uma vogal e uma semivogal.
E ( ) As palavras em destaque sugerem o movimento
das folhas quando estas são empurradas pelo vento.
05 – Observe o texto abaixo com atenção e responda ao que se pede:
A equação apresentada é conhecida como
“equação do amor”, pois se vale de uma série de códigos típicos
da matemática para conduzir a
A ( ) um resultado cuja significância
interpretativa limita-se ao campo de estudo da lógica pura.
B ( ) um trocadilho entre códigos, em que
variáveis determinam uma expressão dotada de significação semântica.
C ( ) uma impossibilidade linguística, dada a
divergência que há no poema quanto aos campos de estudo envolvidos.
D ( ) uma análise subjetiva do amor, determinando
seu valor como algo puramente racional, assim como a lógica
matemática.
E ( ) Nenhuma das alternativas.
06 – Observe o texto abaixo com atenção e responda ao que se pede:
Terceira dor
É Sião que dorme ao luar.
Vozes diletas
Modulam salmos de visões
contritas...
E a sombra sacrossanta dos
Profetas
Melancoliza o canto dos
levitas.
As torres brancas,
terminando em setas,
Onde velam, nas noites
infinitas,
Mil guerreiros sombrios
como ascetas,
Erguem ao Céu as cúpulas
benditas.
As virgens de Israel as
negras comas
Aromalizam com os unguentos
brancos
Dos nigromantes de mortais
aromas...
Jerusalém, em meio às Doze
Portas,
Dorme: e o luar que lhe vem
beijar os flancos
Evoca ruínas de cidades
mortas.
Alphonsus de
Guimaraens
Na segunda estrofe do poema
anterior, percebe-se uma repetição sonora de cunho consonantal conhecida
como
A ( ) aliteração.
B ( ) assonância.
C ( ) eco.
D ( ) onomatopeia.
E ( ) sinestesia
Justifique sua resposta:
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.
07 – Observe o texto abaixo com atenção e responda ao que se pede:
Rosa de Hiroxima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada.
Vinicius de Moraes
O poema de Vinicius de Moraes
buscou retratar o lançamento da bomba atômica à cidade de
Hiroshima, ocorrido há 70 anos. A relação entre a bomba e a rosa foi
feita considerando
A ( ) a imagem positiva da rosa perpassada ao
longo de todo o poema.
B ( ) as alterações ocorridas no organismo humano
devido aos efeitos da bomba.
C ( ) a semelhança entre a imagem da explosão
atômica e a imagem de uma rosa.
D ( ) os efeitos radioativos da bomba,
nocivos especificamente à população da época.
E ( ) a representação da “antirrosa” como a esperança
na vida que surgirá posteriormente.
08 - Leia o excerto a seguir que tece comentário sobre a obra Memórias de um sargento de milícias.
Talvez por não ter nenhuma
responsabilidade em relação à moda vigente, Almeida escreveu com
a liberdade expressiva que tanto faltou a Joaquim Manuel de Macedo,
ou seja, sem a superficialidade ou a distorção dos sentimentos. Há em sua
obra a comicidade, o humor parcial, em uma linguagem coloquial e direta,
sem ser embelezada e com o teor mais trágico do Romantismo.
Disponível em:
<http://www.nilc.icmc.usp.br>. Acesso em: 23 jul. 2015.
Considerando a colocação do
excerto anterior, o trecho da obra referida que manifesta aproveitamento
estilístico de expressão próxima da coloquialidade, a seguir, é:
A ( ) “Se alguém perguntasse ao compadre por seus
pais, por seus parentes, por seu nascimento, nada saberia responder,
porque nada sabia a respeito.”
B ( ) “Apenas passou o primeiro ímpeto e teve
tempo de reflexionar, quase que começou a arrepender-se por não saber
qual o meio de achar arranjo.”
C ( ) “Todo o barbeiro é tagarela, e
principalmente quando tem pouco que fazer; começou, portanto, a
puxar conversa com o freguês. Foi a sua salvação e fortuna”.
D ( ) “Quando chegara à idade de dar acordo da
vida, achou-se em casa de um barbeiro que dele cuidava, porém que
nunca lhe disse se era ou não seu pai ou seu parente [...].”
E ( ) “O navio a que o marujo pertencia viajava
para a Costa e ocupava-se no comércio de negros; era um dos comboios
que traziam fornecimento para o Valongo, e estava pronto a largar.”
Justifique sua resposta:
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09 – Observe o texto abaixo com atenção e responda ao que se pede:
João e Maria
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava
inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras
três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também
juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser
feliz
E você era a princesa que
eu fiz coroar
E era tão linda de se
admirar
Que andava nua pelo meu
país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o
seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha
medo
No tempo da maldade acho
que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz de conta
terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem
mais fim
Pois você sumiu no mundo
sem me avisar
E agora eu era um louco a
perguntar
O que é que a vida vai
fazer de mim?
Composição de Sivuca*1930 +2006. Um dos maiores intérpretes: Chico
Buarque de Holanda- nascim.: 1944.
Quanto à estrutura, a
composição musical
A ( ) vale-se dos esquemas rimático e métrico.
B ( ) apresenta linguagem predominantemente
denotativa.
C ( ) exibe anáfora, quando da repetição do
léxico “Agora”.
D ( ) prestigia a erudição verbal, revitalizando
conceitos parnasianos.
E ( ) estrutura-se em quatro sétimas, isto é, em
estrofes compostas por sete versos.
10 – Observe o texto abaixo com atenção e responda ao que se pede:
Ata
Acredito
que o mau tempo haja concorrido para que os sabadoyleanos* hoje não estivessem
na casa de José Mindlin, em São Paulo, gozando das delícias do cuscuz paulista
aqui amavelmente prometido. Depois do almoço, visita aos livros dialogantes, na
expressão de Drummond, não sabemos se no rigoroso sistema de vigilância de
Plínio Doyle, mas de qualquer forma com as gentilezas das reuniões cariocas.
Para o amigo de São Paulo, as saudações afetuosas dos ausentes presentes, que,
neste instante, todos nos voltamos para o seu palácio, aquele
que se iria desvestir dos ares aristocráticos para receber, camaradescamente, os descamisados da Rua Barão de
Jaguaribe.
Guarde, amigo Mindlin, para breve o cuscuz da tradição bandeirante, que hoje nos conformamos com os biscoitos à la Plínio Doyle. Rio, 20-11-1976. Signatários: Carlos Drummond de Andrade, Gilberto de Mendonça Teles, Plínio Doyle e outros. Cartas da biblioteca Guita e José Mindlin. Adaptado.
que se iria desvestir dos ares aristocráticos para receber, camaradescamente, os descamisados da Rua Barão de
Jaguaribe.
Guarde, amigo Mindlin, para breve o cuscuz da tradição bandeirante, que hoje nos conformamos com os biscoitos à la Plínio Doyle. Rio, 20-11-1976. Signatários: Carlos Drummond de Andrade, Gilberto de Mendonça Teles, Plínio Doyle e outros. Cartas da biblioteca Guita e José Mindlin. Adaptado.
* sabadoyleanos: frequentadores do sabadoyle, nome dado ao encontro
de intelectuais, especialmente escritores, realizado habitualmente aos sábados,
na casa do bibliófilo Plínio Doyle, situada no Rio de Janeiro.
As expressões “ares
aristocráticos” e “descamisados” relacionam-se, respectivamente,
A ( ) aos “sabadoyleanos” e a Plínio Doyle.
B ( ) a José Mindlin e a seus amigos cariocas.
C ( ) a “gentilezas” e a “camaradescamente”.
D ( ) aos signatários do documento e aos amigos
de São Paulo.
E ( ) a “reuniões cariocas” e a “tradição
bandeirante”.
11 – Observe o texto abaixo com atenção e responda ao que se pede:
Cogito
eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranquilamente
e vivo tranquilamente
todas as horas do fim.
Disponível
em:<http://www.jornaldepoesia.jor.br/tor.html>. Acesso em: 5 fev.
2012.
Na estruturação do texto,
destaca-se
A ( ) a inversão sintática e o uso de arcaísmos.
B ( ) a apresentação de ideias de forma
denotativa.
C ( ) o emprego recorrente de cacofonias e
neologismos.
D ( ) a utilização de um léxico simples e a
valorização do prosaico.
E ( ) o apelo ao desrespeito das normas
gramaticais.
12 – Observe o texto abaixo com atenção e responda ao que se pede:
Capim-guiné
Plantei um sítio
No sertão de Piritiba
Dois pés de guataíba
Caju, manga e cajá
Tem abacate, jenipapo
E bananeira
Milho verde, macaxeira
Como diz no Ceará
Com muita raça
Fiz tudo aqui sozinho
Nem um pé de passarinho
Veio a terra semeá
Agora veja
Cumpadi, a safadeza
Cumeçô a marvadeza
Todo bicho vem prá cá
Suçuarana só fez
perversidade
Pardal foi pra cidade
Piruá minha saqué Qué! Qué!
Dona raposa
Só vive na mardade
Me faça a caridade
Se vire e dê no pé
Sagui trepado
No pé da goiabeira
Sariguê na macaxeira
Tem inté tamanduá...
Minhas galinha
Já num fica mais parada
E o galo de madrugada
Tem medo de cantá
(Raul Seixas)
(Disponível em:
http://letras.mus.br/raul-seixas/90581/. Acesso em 22.10.2013. Adaptado)
Sobre a letra da música, infere-se que
A ( ) os animais selvagens passaram a frequentar
e usufruir do sítio depois que o proprietário cultivou todo tipo de alimentos.
B ( ) o eu lírico ficou satisfeito ao ver chegar,
em sua propriedade, uma diversidade de animais, tais como a suçuarana, a raposa
e o sagui.
C ( ) o proprietário construiu um sítio a fim de
encontrar sossêgo em meio à natureza selvagem, onde existia até ta manduá.
D ( ) o sítio fica localizado no sertão do Ceará,
daí a dificuldade do agricultor em manter seu plantio longe dos animais
silvestres.
E ( ) E o sítio se tornou um
lugar inóspito devido à seca que as sola muitas regiões do Nordeste ainda
hoje.Piritiba. Pelo contrário, por ter transformado mato em um sítio próspero
que a bicharada resolveu se alojar.
Olá professora, estou estudando para uma prova, e preciso do gabarito, por favor.
ResponderExcluirbora kd o gabarito
ResponderExcluircd o gabarito ?
ResponderExcluir