A partir da leitura dos textos
motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da
língua portuguesa sobre o tema “A importância da representatividade no Cinema
e na TV”.
TEXTO 1
Inúmeros estudos demonstram uma
inquietante verdade: a esmagadora maioria de diretores, atores, colaboradores,
ou seja, trabalhadores da área cinematográfica – e pasme – até mesmo críticos,
são homens. Tal pesquisa revela que “apenas 10,7% dos filmes analisados
possuíam um elenco equilibrado de homens e mulheres – a proporção média
encontrada foi de 2,25 atores para cada atriz”. O mesmo estudo apontou que um
terço das atrizes trajam roupas provocantes ou estão parcialmente nuas nas
filmagens.
A desproporção atinge inclusive os
bastidores: há uma média de 5 homens para cada mulher trabalhando na indústria
cinematográfica. São apenas 9% de diretoras mulheres, contra 91% de diretores
homens na atualidade. Na história do Oscar, apenas quatro mulheres já
foram indicadas ao prêmio de Melhor Direção, enquanto somente Kathryn Bigelow
saiu vencedora nesta categoria pelo filme “Guerra ao Terror”, de 2009.
Não são apenas as mulheres que são
deixadas de lado. Uma polêmica envolveu a cerimônia do Oscar do ano de 2016,
que, pelo segundo ano consecutivo, não indicou nenhum negro para as categorias
principais. O que dizer, então, acerca da participação de outras minorias, a
exemplo dos transgêneros, que são massivamente ignorados: “Nenhum personagem transgênero
apareceu nos 100 filmes de maior bilheteria de 2014”.
Embora tais dados assustem, a
indústria independente tem fornecido mais espaço a esses sujeitos. Um exemplo
disso é Sense8, série da Netflix. Entre os protagonistas logo de cara se
percebe a mencionada diversidade: uma mulher sul-coreana, que é de dia
empresária e à noite lutadora; um ator de cinema mexicano e homossexual; uma
indiana que se vê obrigada a seguir a tradição do casamento forçado; um negro
humilde buscando sustento para a família em um país com alta criminalidade; a
jovem hacker transexual que busca respeito e liberdade, entre outros.
TEXTO 2
Nos anos 80, filmes de blaxploitation eram
praticamente as únicas oportunidades para atores negros em Hollywood.
Super-heróis eram brancos, altos e, de preferência, homens. Representatividade
era uma palavra que definitivamente ainda não tinha entrado no vocabulário dos
cinemas.
Nunca foi preciso ser um gênio para
perceber essa falta de diversidade nas telas. Para quem não vê facilmente a
discrepância, um estudo realizado pela Universidade de Southern, na Califórnia,
comprova a falta de espaço enfrentada pelos negros na mídia: nos cem
títulos de maior bilheteria nos cinemas em 2016, os brancos representavam 70,8%
dos papéis com falas, enquanto atores negros eram apenas 13,6% destes.
O que vemos nas telas se reflete
também na autoimagem do público, como mostra uma pesquisa de 2011 sobre
a influência da televisão na autoestima de crianças. O estudo entrevistou 396
jovens americanos e chegou a uma conclusão impactante. Enquanto os meninos
brancos viam sua autoestima aumentar após serem expostos a programas
televisivos, crianças negras de ambos os sexos e meninas brancas passavam a ter
uma imagem mais negativa sobre si após horas em frente à tela.
TEXTO 3
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