A partir da leitura dos textos
motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita
formal da língua portuguesa sobre o tema: O carnaval como símbolo
da nacionalidade brasileira no século XXI Apresente proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
TEXTO I
A história do carnaval no Brasil
iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas
foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que, na colônia, era praticada
pelos escravos.
Por volta de meados do século XIX, no
Rio de Janeiro, a prática do entrudo passou a ser criminalizada, principalmente
após uma campanha contra a manifestação popular veiculada pela imprensa.
Enquanto o entrudo era reprimido nas ruas, a elite do Império criava os bailes
de carnaval em clubes e teatros. No entrudo, não havia músicas, ao contrário
dos bailes da capital imperial, onde eram tocadas principalmente as polcas.
As marchinhas de carnaval surgiram
também no século XIX, cujo nome originário mais conhecido é o de Chiquinha
Gonzaga, bem como sua música O Abre-alas. O samba somente surgiria por volta da
década de 1910, com a música Pelo Telefone, de Donga e Mauro de Almeida,
tornando-se ao longo do tempo o legítimo representante musical do carnaval.
Na Bahia, os primeiros afoxés
surgiram na virada do século XIX para o XX, com o objetivo de relembrar as
tradições culturais africanas.
O carnaval, além de ser uma tradição
cultural brasileira, passou a ser um lucrativo negócio do ramo turístico e do
entretenimento. Milhões de turistas dirigem-se ao país na época de realização
dessa festa, e bilhões de reais são movimentados na produção e consumo dessa
mercadoria cultural.
Disponível em: (Adaptado) acesso em
12 fev. 2016
TEXTO II
O que o Brasil fez pelo carnaval foi
dar brilho, lantejoulas, penas de faisão, baterias, alegorias e pouca roupa,
mas engana-se quem considera o evento como a maior festa popular do mundo. Não,
não é não. O carnaval está cada vez mais aristocrático. Vendas de abadas
caríssimos, camarotes caros e garantia de bons negócios. Ao povo, que não pode
gastar fortunas, e é a grande maioria, resta mesmo ficar do lado da corda
destinado à pipoca.
De democrático isso não tem nada,
porque os próprios trios elétricos não estão ali pura e simplesmente para
divertir a massa, mas porque são financiados pela mesma. Recebem quantias exorbitantes
das prefeituras, numa espécie de apadrinhamento político, e, no entanto, o pão
não é garantia na mesa do povo que leva uma vida miserável.
Disponível em: Acesso em 12 fev.
2016.
TEXTO III
Disponível em:
http://www.pensandoaocontrario.com.br/2014/11/desertificacao-entenda-como-o.html>
Acesso em 12 fev. 2016
TEXTO IV
Na cultura brasileira o carnaval é
muito mais do que um simples festejo, ou um feriado, constitui uma das peças
que compõem a identidade brasileira, sendo esta entendida como tudo aquilo que
nos diferencia dos estrangeiros. A necessidade de estabelecer uma identidade é
inerente ao ser humano, um mecanismo de autoafirmação que é contraditório, já
que é composto mutuamente pela diferença e pela semelhança, somos diferentes
dos outros (estrangeiros), mas somos iguais aos que compõem a ‘nossa
comunidade’ (em termos de nação: brasileiros). É através da diferença com
relação ao outro que a ideia de unidade da nação se constrói.
Disponível em: Acesso em 12 fev.
2016.
Comentários
Postar um comentário