Tema 08/2020 - Carnaval como símbolo


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema:  O carnaval como símbolo da nacionalidade brasileira no século XXI Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que, na colônia, era praticada pelos escravos.
Por volta de meados do século XIX, no Rio de Janeiro, a prática do entrudo passou a ser criminalizada, principalmente após uma campanha contra a manifestação popular veiculada pela imprensa. Enquanto o entrudo era reprimido nas ruas, a elite do Império criava os bailes de carnaval em clubes e teatros. No entrudo, não havia músicas, ao contrário dos bailes da capital imperial, onde eram tocadas principalmente as polcas.
As marchinhas de carnaval surgiram também no século XIX, cujo nome originário mais conhecido é o de Chiquinha Gonzaga, bem como sua música O Abre-alas. O samba somente surgiria por volta da década de 1910, com a música Pelo Telefone, de Donga e Mauro de Almeida, tornando-se ao longo do tempo o legítimo representante musical do carnaval.
Na Bahia, os primeiros afoxés surgiram na virada do século XIX para o XX, com o objetivo de relembrar as tradições culturais africanas.
O carnaval, além de ser uma tradição cultural brasileira, passou a ser um lucrativo negócio do ramo turístico e do entretenimento. Milhões de turistas dirigem-se ao país na época de realização dessa festa, e bilhões de reais são movimentados na produção e consumo dessa mercadoria cultural.
Disponível em: (Adaptado) acesso em 12 fev. 2016
TEXTO II
O que o Brasil fez pelo carnaval foi dar brilho, lantejoulas, penas de faisão, baterias, alegorias e pouca roupa, mas engana-se quem considera o evento como a maior festa popular do mundo. Não, não é não. O carnaval está cada vez mais aristocrático. Vendas de abadas caríssimos, camarotes caros e garantia de bons negócios. Ao povo, que não pode gastar fortunas, e é a grande maioria, resta mesmo ficar do lado da corda destinado à pipoca.
De democrático isso não tem nada, porque os próprios trios elétricos não estão ali pura e simplesmente para divertir a massa, mas porque são financiados pela mesma. Recebem quantias exorbitantes das prefeituras, numa espécie de apadrinhamento político, e, no entanto, o pão não é garantia na mesa do povo que leva uma vida miserável.
Disponível em: Acesso em 12 fev. 2016.
TEXTO III
http://www.imaginie.com/wp-content/uploads/2016/04/carnaval.jpg
Disponível em: http://www.pensandoaocontrario.com.br/2014/11/desertificacao-entenda-como-o.html> Acesso em 12 fev. 2016
TEXTO IV
Na cultura brasileira o carnaval é muito mais do que um simples festejo, ou um feriado, constitui uma das peças que compõem a identidade brasileira, sendo esta entendida como tudo aquilo que nos diferencia dos estrangeiros. A necessidade de estabelecer uma identidade é inerente ao ser humano, um mecanismo de autoafirmação que é contraditório, já que é composto mutuamente pela diferença e pela semelhança, somos diferentes dos outros (estrangeiros), mas somos iguais aos que compõem a ‘nossa comunidade’ (em termos de nação: brasileiros). É através da diferença com relação ao outro que a ideia de unidade da nação se constrói.
Disponível em: Acesso em 12 fev. 2016.


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