Tema 16/2020 - Histeria nacional

Olá pessoas, tudo bem?
Segue o tema da oficina.
Qualquer dúvida me gritem...
Beijão!

Retirado de Imagine.com

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Epidemias contemporâneas e seus desafios relacionados à histeria coletiva”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.  
TEXTO I
É comum ouvirmos dizer que alguma região do planeta está sofrendo com uma determinada epidemia. Em nosso país, por exemplo, as epidemias de dengue são comuns e frequentemente são noticiadas nos jornais de todo país. Entretanto, muitas pessoas não sabem o que é epidemia, não entendendo a gravidade que essa situação representa.
 Afinal, o que é uma epidemia?
Epidemia é o aumento do número de casos de uma doença que supera o número esperado para a época em uma região. A epidemia é, portanto, um aumento da ocorrência de determinado problema acima da média esperada.
A epidemia atinge um número elevado de pessoas e pode espalhar-se por mais regiões. Quando uma epidemia espalha-se por mais de um país ou continente, dizemos que temos uma pandemia. Como exemplo de pandemia, podemos citar a AIDS.
Como saber se está ocorrendo uma epidemia?
Para saber se uma doença está espalhando-se de maneira exagerada, é essencial conhecer sua taxa de incidência. Para isso, é necessário analisar os novos casos da doença e dividir esse número pelo número total da população no mesmo local e período. Encontrada a taxa de incidência daquele momento, basta comparar os valores com as médias anteriores naquela mesma época do ano e verificar se a taxa atual supera o chamado limiar epidêmico. Se a taxa de incidência atual for maior que o limiar epidêmico, conclui-se que há uma epidemia.
Que fatores podem ajudar no surgimento de epidemias?
Diversos fatores podem causar o surgimento de epidemias. A falta de saneamento básico, hábitos alimentares pouco saudáveis, hábitos de higiene precários, poluição, condições climáticas, estresse, drogas e mutações são alguns dos fatores que favorecem o aumento de casos de uma doença.
As doenças transmitidas por vetores, por exemplo, estão muito ligadas a mudanças climáticas. Os mosquitos – um exemplo de vetor – são favorecidos em climas quentes e úmidos. Outro exemplo de fator que determina o surgimento de epidemias são as condições sanitárias, que podem ampliar o risco de transmissão de doenças. A cólera, por exemplo, pode ser transmitida pela ingestão de água ou alimentos contaminados, o que pode ser agravado pela falta de saneamento.
Não podemos nos esquecer ainda de que as epidemias surgem hoje com mais facilidade em razão do rápido trânsito de pessoas, as quais podem levar uma doença de uma região para outra.
TEXTO II
TEXTO III
O coronavírus é a mais recente desculpa para a histeria coletiva
Saímos de uma histeria e entramos em outra. E nem isso está muito certo. Hoje enfrentamos múltiplas histerias ao mesmo tempo. A mais recente, claro, é a do COVID-19, mais conhecido como coronavírus. Além da China, onde o vírus teve origem, grandes cidades da Itália e Japão estão em quarentena, e o Japão fechou todas as escolas.  Nos Estados Unidos, onde até segunda-feira (02) seis pessoas – a maioria, se não todas, anteriormente doentes — tinham morrido, os estados de Washington (onde as seis mortes ocorreram) e Flórida, além da cidade de São Francisco, declararam estado de emergência. A Amazon pediu que seus 798 mil funcionários cancelassem todas as viagens domésticas e internacionais não-essenciais imediatamente. Enquanto isso, de acordo com a revista Time, “as ações das empresas norte-americanas perderam quase 12% do seu valor e US$3,5 trilhões desapareceram do mercado acionário dos Estados Unidos. Foi a pior semana para o mercado de ações desde a crise financeira de outubro de 2008”.
E “o valor dos títulos de 10 anos alcançaram uma baixa recorde na terça (3), depois que o coronavírus atingiu os mercados de risco e os investidores passaram a buscar lugares mais seguros”, de acordo com a Markets Insider. Se essa tendência permanecer, a economia mundial provavelmente entrará numa recessão ou depressão. A não ser que o coronavírus se torne um assassino em massa, podemos dizer que a histeria em torno do coronavírus causará mais sofrimento do que o vírus em si.
TEXTO IV
Coronavírus: quem está ganhando dinheiro com a epidemia
Apesar da queda nas bolsas de valores, do declínio da atividade comercial e dos alertas sobre um corte no crescimento econômico global, algumas empresas se beneficiaram com a disseminação do vírus. A disseminação do novo coronavírus tem causado um terremoto nos mercados globais nos últimos dias, mas algumas empresas têm, pela natureza de seus negócios, conseguido ir bem nas bolsas com a crise. Entre elas, estão empresas que fabricam vacinas, desinfetantes e máscaras, mas também as que têm como foco os serviços remotos ou de entrega. Laboratórios farmacêuticos e empresas de biotecnologia que estão realizando ensaios clínicos para desenvolver uma vacina específica contra esse vírus dispararam nas bolsas. As ações da Inovio Pharmaceuticals dobraram de valor depois que a empresa anunciou que iniciará testes clínicos de sua vacina em humanos no próximo mês nos Estados Unidos. As rivais da Inovio no setor são Moderna, Novavax, Gilead, AIM ImmunoTech e Vir Biotechnology.
Mas há outras empresas que se beneficiaram indiretamente da disseminação do vírus, como as provedoras de teleconferência, educação e entretenimento online, já que alguns países, como Japão e Itália, fecharam escolas e algumas empresas, como o Google e Twitter, pediram que seus funcionários trabalhem de casa.
Em diferentes partes do mundo, as pessoas optam por evitar locais públicos, à medida que os casos de pessoas infectadas (cerca de 90 mil no mundo) e as mortes (mais de 3 mil) aumentam, de acordo com o relatório mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para dar conta dessa nova realidade, a empresa de investimentos MKM Partners criou um “índice de ficar em casa”, cujo objetivo é acompanhar a trajetória de empresas que se beneficiam da disseminação do vírus. No entanto, mesmo as empresas que ganham com a crise da saúde não estão livres de turbulências repentinas, já que os desdobramentos da situação surgem a todo momento. E nem o corte de meio ponto nas taxas de juros anunciado na terça-feira (03/03) pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, conseguiu reverter significativamente o pessimismo nos mercados.


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